sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Nova no blog

Começo hoje a ajudar a Fabiana neste blog sobre amamentação. Começo também contando a minha história.

Minha mãe sempre contou que ela tinha muito leite, tanto que doou até meus nove meses para o Hospital São Paulo. Na época (há 30 anos) eles iam em casa uma vez por semana pegar os potinho com leite e ainda tiravam com máquina para "aliviar" os seios dela. Mamei até um ano, até que minha vó resolveu que não estava certo e o resto vocês devem imaginar.

Quando fiquei grávida, ao contrário da maioria das mulheres, não achei que a amamentação fosse ser algo do outro mundo, não fiquei com medo de não ter leite ou qualquer outra assombração. Talvez por ter crescido escutando essa história.

E foi mais ou menos isso... Logo que o André (mais conhecido como Deco) nasceu (de cesária por causa de uma circular do cordão umbilical) colocaram ele no meu seio. Quando voltei da anestesia, colocaram ele de novo e ele já começou a sugar. Eu, toda desarranjada, sem entender direito o que estava acontecendo, e ele mamando direitinho. Ok, dei sorte. O filho foi mais esperto que a mãe.

Logo o leite desceu e virei uma "vaca holandesa". Acho que meu leite dava para alimentar mais umas três crianças. Era bom porque ele não tinha falta de comida. Para vocês terem uma ideia, ele engordou 600 gramas em 10 dias, ou seja, 60 gramas por dia. E para aliviar a dor de estar muito cheio, eu tirava o excesso no banho.

Nem tudo eram flores. Meu seio machucou um pouco até se acostumar com um bebê sugando. Os 5 primeiros minutos não eram nada prazerosos, mas logo os hormônios faziam efeito e eu não sentia mais nada. Também passava toda hora uma pomada chamada Lansinoh, que não tem contra indicação para bebês. O André não gostava muito no começo, mas depois ele se acostumou. Isso demorou umas três semanas.

Comecei a ficar com a consciência pesada de desperdiçar o leite que outras crianças estavam precisando para ficarem gordinhas e saudáveis como o André, então fui atrás do banco de leite do Hospital São Paulo, assim como minha mãe e comecei a doar. Cheguei a doar 2, 5 litros por semana.

Parei quando ele fez seis meses porque voltando ao trabalho é complicado arranjar tempo para tirar leite para o seu bebê e mais para outros.

Hoje, o André está com quase 7 meses. Ainda mama quatro vezes por dia. Os tempos de mamada foram ficando mais curtos porque conforme eles vão crescendo eles consegem sugar mais e com mais força.

Para terminar com uma dica: insistam na amamentação! O leite é produzido tanto quanto ele é estimulado. O André passou pelo inverno aqui em São Paulo sem pegar uma gripe sequer, sem coriza, sem tosse, sem nem um resfriadinho. A amamentação protege os pequenos, dá resistência e imunidade.

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